"Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês.
Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês". - Mateus 5:11-12
A juventude da nossa igreja está fazendo nessa semana um relógio de oração, com foco nas igrejas perseguidas, e toda a igreja realizará no culto do dia 25, o Domingo da Igreja Perseguida (DIP), e se voltar para esse assunto aperta nossos corações.
Estamos em uma geração bastante complicada. O egocentrismo impera absoluto e toda a nossa retórica se resume a "Eu, eu e eu". É sempre: "Como EU vou ficar?", "E o que EU ganho com isso?". As orações parecem rezas egoístas, pois nossa conversa com Deus se resume a pedidos para nós mesmos. Não somos gratos o suficiente e sempre estamos nos lamentando e dizendo o quanto nossa vida seria perfeita se tivéssemos isso, ou acontecesse aquilo.
Não é necessário que você tire um passaporte e viaje para o Oriente Médio para comprovar as calamidades que acontecem. Jogue no Google "Cristãos perseguidos", e se assuste com a quantidade de notícias sobre o assunto, e imagens devastadoras. Duvido que não sinta pelo menos uma ponta de tristeza em seu coração.
Nós reclamamos tanto (e eu me incluo nisso), que não percebemos o quanto nós somos privilegiados. Como nossa vida é relativamente fácil, e como é uma benção a liberdade de culto que temos em nosso país.
O meu intuito é te conscientizar e te sensibilizar sobre a questão das igrejas perseguidas, em como têm milhares sofrendo por amor a Deus, por não negarem sua fé, e como temos parte nisso. A gente, depois que se converte e entende um pouco mais sobre vida cristã, nos fechamos nas nossas vocações e talentos, ou simplesmente, nos contentamos em ir à igreja, dar um aleluia e voltar pra casa. Tudo o que realizamos na igreja é dentro da igreja, e não há frutos, não há IDE e muito menos, intercessão, pois estamos muito ocupados se importando mais com nós mesmos. Porém, essa é uma atitude bem religiosa e ignorante, uma vez que se você é cristão, deve ser um imitador de Cristo.
"Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. Compartilhem o que vocês têm com os santos em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade.
Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não os amaldiçoem. Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram." - Romanos 12:12-15
O fato de existir perseguição a cristãos em determinados países não é um problema só deles, é meu, é seu também, é nosso problema. Precisamos tomar partido disso, e nos levantarmos como uma geração que se importa e que faz algo para mostrar que se importa.
O que adianta eu escrever esse texto, ou você postar uma foto do mapa mundial, ou o outro usar uma hashtag #prayforsomalia, se realmente não orarmos? Se verdadeiramente não enviarmos donativos aos que sofreram devastação? Se os corajosos não irem até eles?
Talvez o seu chamado não seja necessariamente ir até lá e morrer com eles em nome do evangelho. Talvez Deus queira que você viva por muito tempo nessa terra e viaje o Brasil inteiro, ou cuide da sua comunidade local... Mas e se for o seu chamado ir para lá? Como você irá descobrir se nem ao menos se importa com eles? O #prayfor/#orepor deve ser colocado em prática, ao invés de ser pauta pra te dar likes no instagram.
(Síria)
Esquecemos o prazer que é cultuar ao Senhor em nossa igreja local, levantar nossas mãos, vibrar com os louvores e ser alimentado pelo pastor que é dirigido pelo Espírito. Se torna tão habitual termos uma bíblia em casa, e podermos sair com ela livremente, fazer uma reunião na praia, uma mesa de conversa bíblica no shopping, que não damos valor a toda essa liberdade que temos.
Há cristãos que não podem fazer nada disso, e todos eles dariam tudo para terem a liberdade de cantar um louvor a Deus, ou simplesmente, agradecer por seu alimento em voz alta. E você aí achando ruim quando o líder te pede pra orar...
No site "Portas Abertas", há uma explicação mais detalhada sobre essa dura realidade, e uma série de imagens sobre como funciona a perseguição aos cristãos nos países que mais sofrem com isso. Pelo menos as imagens eu quero que você veja:
O Senhor nos deu poder e autoridade para orarmos, e assim como em Sua palavra diz que a oração do justo pode muito em seus efeitos, devemos praticar o amor àqueles que são mártires das boas novas, através de nossas orações. Não feche os seus olhos para o que está acontecendo. Não é fantasia, não é filme, é a realidade, e daqui a pouco pode ser comigo e com você.
Sejamos mais como Estevão e menos como Jonas.
Na fé,
Brenda Cardoso
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